quinta-feira, 28 de outubro de 2010

Dois dedos de conversa

Um:  Não sorris com os lábios mas, quando te perguntam, afirmas estar em êxtase interior. És extremamente desajeitada mas isso não é mau. Dá-te um jeito diferente, uma terna singularidade. És uma espécie de mistura de Frankenstein e branca de neve. Gostas de contos de fadas - distorce-los até ficarem à tua medida. Macabramente aprazíveis. Não há quem te entenda. O que realmente me arrepia é seres extremamente coerente. Sabes que a vingança é um veneno letal que nos turva o sangue mas não negas o prazer que tens em aplicá-la nos outros. És como pólvora - até queimas. óh se queimas. Mas de forma passiva. Nunca interferes com vidas. Planeias, executas e limpas o sangue das mãos. Vá-se lá saber que tipo de atrocidades imaginas tu cada vez que sorris. Mas tens o teu lado doce. Não lhe chamaria meiguice, talvez sejam pequenos raios de luz branca refractando nas quatro paredes do teu coração.

Dois:  Engraçado, julgava-me opaca.

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